quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pessoas passam por nossas vidas...

     Hoje pela manhã ao ir para o serviço reparei pelo retrovisor do carro, ao fazer uma curva, uma figura, no mínimo interessante: um sujeito de meia idade, aparência simples, que sinalizava com o dedo indicativo "o caminho" que eu deveria tomar naquele ponto de meu trajeto.
     Sorri para as duas colegas que estavam comigo no carro e lhes disse que, volta e meia, esse sujeito me aparecia ali, naquele mesmo local, apontando-me o mesmo caminho de sempre...
     Segui o meu caminho para o trabalho. Venceu o dia, e ao chegar em casa -  por uma dessas lufas de reflexão que nos são lançadas pela vida -  comecei a pensar sobre as pessoas com as quais convivemos diariamente e sobre aquelas, que por vários motivos, deixamos de conviver.
     É incrível, o número de pessoas com as quais estabelecemos contatos, nos mais variados graus. Dos familiares, que dividimos nosso teto, àqueles que simplesmente se encontram em lugares comuns aos que frequentamos. Mais incrível ainda, é a nossa capacidade de perceber essas pessoas, ou melhor, a capacidade de não perceber essas pessoas.
     Nem sempre conseguimos notar as pessoas que nos cercam. Na maioria das vezes, não damos o valor devido à essas pessoas em nossas vidas.
E quando eu digo dar o devido valor às pessoas, não me refiro apenas aos nossos pais, filhos, companheiros e amigos...refiro-me a dar valor "às pessoas".  Por que, minimamente, todas as pessoas com as quais nos deparamos no nosso dia-a-dia assumem um lugar em nossas vidas. Lugares fixos, lugares passageiros, lugares adaptáveis, lugares fictícios, lugares "não-lugares", lugares-sonho, lugares-realidade, lugares...
     O sujeito que hoje pela manhã me "indicou" o caminho, ocupou o lugar do sorriso dessa manhã de quarta-feira. Que me lembre, não sorri o resto do dia (pelo menos não com tamanha singeleza e por algo tão simples). Então, essa pessoa, que nem mesmo sei o nome, ocupou o lugar reservado à simplicidade em minha vida. Essa pessoa passou pela minha vida (talvez irei vê-la novamente, me indicando o caminho), mas, uma certeza eu tive...essa, pelo menos essa pessoa, passou pela minha vida.  E não simplesmente, passei com minha vida por essa pessoa!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA EM BH!!!!

Psicopedagogia Clínica e Institucional  do Núcleo de  Pós Graduação da  Faculdade Pitágoras                                                                      
 

O Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras, iniciará em 14 de Setembro de 2010 a 2ª Turma de Pós Graduação em Psicopedagoga Clinica e Institucional 
As aulas serão às 3ª e 5ª feiras, de 18:30 às 22:30.
 
Diferencial do curso:
*O curso está de acordo com as exigências do MEC e com as normas da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
*Estágio supervisionado na área clínica e instituição.
*Parceria com várias instituições, dentre elas a Clínica Aprendizagem & Companhia.
*Otimização do tempo: carga horária total de 550h, incluindo estágio, em 15meses(2x por semana).
*Palestras com profissionais convidados da área da saúde e educação.
*Corpo docente titulado e experiente, com metodologia e infra-estrutura de ponta.
* Parcelas de R$299,00. Verifique com o consultor a tabela com os descontos e convênios, você vai se surpreender.
 
A inscrição poderá ser feita pelo site através do link http: http://www.pospitagoras.com.br/Default.aspx?tabid=31&mid=460&ctl=CursoView&idArea=9&idCurso=303 . Seu currículo será analisado e se aprovado lhe enviaremos a confirmação pelo e-mail para marcarmos a matrícula.

Campanha de Conscientização !!!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Dos textos bíblicos, passando por Piaget e Vygotsky e, chegando a Mário Quintana

     Hoje é o primeiro dia útil de agosto. Oficialmente, chegamos ao início do 2 o. semestre de 2010. Inevitavelmente, tenho que repetir algo que já é uma máxima da contemporaneidade  "o tempo tem passado rápido de mais".
     Pois é! Que tempo é esse que tem passado tão rápido. O tempo do rélogio?  O tempo do meu relógio Biológico? O tempo das escolhas? O tempo das alegrias? O tempo das angústias? O que tem passado tão rápido??? O tempo?
     Não, não creio que seja o tempo que tem passado rápido. Sou eu. Eu que tenho passado rapidamente pelo Tempo. Tão rapidamente, apressadamente e angustiadamente que nem tenho tempo de perceber que "existe um tempo para cada coisa"(eclesiastes, 3). E esse tempo é único e próprio de cada individuo e característico ao seu próprio desenvolvimento... "minhas experiências viverei ao meu tempo". Veja bem, tanto tempo estudando Piaget e só agora me dei conta de que ao se falar da "psicogenética do desenvolvimento humano e suas etapas", mais do que dizer sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças, Piaget estava falando da VIDA Humana (os psicogeneticistas que me descupem a asneira... antes houvesse licença poética no campo das pesquisas científicas...). O nosso desenvolvimento se dá por etapas pautadas pela cronologia etária e pelas vivências sociais. O que seria de nosso desenvolvimento se não fossem as relações humanas que estabelecemos ao longo de nossa vida? Estaríamos eternamente condenados ao hiato que existe entre aquilo "que faço com ajuda" e "aquilo que poderei fazer sozinha"... (Vocês conseguem perceber o quão poética pode soar o estudo de Vygotsky?). São as relações humanas que dão o compasso necessário ao nosso desenvolvimento...
     E aí, eu volto ao Tempo...que "tem passado tão rápido"... Mal sobra Tempo para que eu me aproxime das pessoas...em alguns momentos o "Tempo é tão curto" que tenho que me afastar das pessoas que me são mais próximas (e lá se vão boas relações que tanto poderiam contribuir com meu desenvolvimento humano...), só para sobrar tempo para eu correr mais um pouco. E nesse círculo vicioso, percebo que tenho disperdiçado muito tempo.  E, que talvez, eu nem tenha percebido que o tempo para se fazer muita coisa que eu queria ter feito, já tenha passado, ou, ainda, que aquilo que eu tanto quero que aconteça AGORA, não seja, ainda, o tempo de acontecer...
     Ah! Queria eu viver a vida sem me importar com esses "tempos" que criamos e determinamos para nós mesmos... queria tanto viver as experiências que me são apresentadas pela vida tendo a certeza de que se elas assim se puseram a mim é porque está em "seu tempo" de acontecer. Queria explorar meu tempo de "desenvolvimento" e saborear as descobertas que se dão a partir daí... Por hora... fico com a reflexão de Mário Quintana... e, quem sabe, daqui a algum Tempo, eu mude o tempo verbal de minha frase de "queria" para "quero".


 
O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.