A última vez que
postei algo foi na páscoa do ano passado... que ironia. Falei do
mistério da ressurreição mas acabei passando o resto do ano
enterrada em um sepulcro cinzento de problemas e acontecimentos que
fugiram de meu controle e vontade...
A vida seria
trágica, se não fosse cômica... ou seria o contrário, bom,
todavia, estou de volta em meus devaneios sobre a aventura humana e
suas trivialidades.
E, inaugurando a
minha reestreia solitária neste espaço virtual, vou contar com a
ajuda, brilhante, diga-se de passagem, de Rubem Alves. Hoje,
aproveitando minhas fantásticas férias em Belo Horizonte, estive
lendo uma das crônicas deste autor..."ostra feliz não faz
pérola". Fantástico!
Não sou
apreciadora de frutos do mar, nem tão pouco sou fã de joias
clássicas como colares de pérolas, mas ultimamente tenho tido
experiências diversas com a dor. Natural, sou um ser humano, e como
tal, cultivo pequenas e grandes dores diariamente, algumas, confesso,
até são supervalorizadas mas, enfim, são dores por vezes inúteis
e sem propósitos.
Mas as ostras, ah!
as ostras, sábias como a maiorias dos outros seres vivos que não os
humanos, fazem da dor de um grão de areia em seu âmago, se tornar
uma maravilhosa pérola...quisera eu ter a capacidade de fazer de
minhas pequenas e grandes dores, pérolas...
E mais ainda...,já
que estou dada aos trocadilhos hoje, quisera eu aprender a não jogar
essas pérolas aos porcos...
Inté!!!!